sábado, 8 de abril de 2017

As Civilizações Mesopotâmicas

                    História da Mesopotâmia

Introdução 

A palavra mesopotâmia tem origem grega e significa "terra entre rios". Essa região localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque. Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história.

Principais povos 

Vários povos antigos habitaram essa região entre os séculos V e I a.C. Entre estes povos, podemos destacar: babilônicos, assírios, sumérios, caldeus, amoritas e acádios. 

Características comuns

No geral, eram povos politeístas, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. No que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na centralização de poder, onde apenas uma pessoa (imperador ou rei) comandava tudo. A economia destes povos era baseada na agricultura e no comércio nômade de caravanas.

Vantagens da região

Vale dizer que os povos da antiguidade buscavam regiões férteis, próximas a rios, para desenvolverem suas comunidades. Dentro desta perspectiva, a região da mesopotâmia era uma excelente opção, pois garantia a população:  água para consumo, rios para pescar e via de transporte pelos rios. Outro benefício oferecido pelos rios eram as cheias que  fertilizavam as margens, garantindo um ótimo local para a agricultura.

Sumérios 

Este povo destacou-se na construção de um complexo sistema de controle da água dos rios. Construíram canais de irrigação, barragens e diques. A armazenagem da água era de fundamental importância para a sobrevivência das comunidades. Uma grande contribuição dos sumérios foi o desenvolvimento da escrita cuneiforme, por volta de 4000 a.C. Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da época.

Os sumérios, excelentes arquitetos e construtores, desenvolveram os zigurates. Estas construções eram em formato de pirâmides e serviam como locais de armazenagem de produtos agrícolas e também como templos religiosos. Construíram várias cidades importantes como, por exemplo: Ur, Nipur, Lagash e Eridu.
  
Babilônios 

Este povo construiu suas cidades nas margens do rio Eufrates. Foram responsáveis por um dos primeiros códigos de leis que temos conhecimento.

Baseando-se nas Leis de Talião ("olho por olho, dente por dente"), o imperador de legislador Hamurabi desenvolveu um conjunto de leis para poder organizar e controlar a sociedade. De acordo com o Código de Hamurabi, todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao delito cometido. 

Os babilônios também desenvolveram um rico e preciso calendário, cujo objetivo principal era conhecer mais sobre as cheias do rio Eufrates e também obter melhores condições para o desenvolvimento da agricultura. Excelentes observadores dos astros e com grande conhecimento de astronomia, desenvolveram um preciso relógio de sol.

Além de Hamurabi, outro imperador que se tornou conhecido por sua administração foi Nabucodonosor II, responsável pela construção dos Jardins suspensos da Babilônia (que fez para satisfazer sua esposa) e a Torre de Babel (zigurate vertical de 90 metros de altura). Sob seu comando, os babilônios chegaram a conquistar o povo hebreu e a cidade de Jerusalém.

Assírios

Este povo destacou-se pela organização e desenvolvimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam. Impunham aos vencidos, castigos e crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos. Com estas atitudes, tiveram que enfrentar uma série de revoltas populares nas regiões que conquistavam.

Caldeus

Os caldeus, de origem semita, habitaram a região conhecida como Baixa Mesopotâmia no primeiro milênio antes de Cristo. Entre 612 a.C. e 539 a.C., formaram um império na Mesopotâmia (Segundo Império Babilônico). O auge o império caldeu ocorreu em 587 a.C., quando Nabucodonosor conquistou os judeus de Jerusalém e ampliou o território do império. Portanto, Nabucodonosor II foi o mais importante imperador caldeu. Após a morte deste imperador, o império babilônico foi conquistado pelos persas, em 539 a.C., sob o comando do rei Ciro.

               Religião na MesopotÂmia

A mesopotâmia é uma região de planalto de origem vulcânica localizada no oriente médio, entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, e que hoje é definido como o território do Iraque.
Foi considerada uma sociedade muito organizada e que é conhecida pelas inúmeras cidades–estados. Tais cidades eram muito parecidas com as cidades gregas em termos de independência e autonomia.
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Na questão religiosa a Mesopotâmia era bastante diversificada, onde estavam presentes várias crenças e divindades. Muitas delas podem ser encontradas nas formas mais variadas, podendo ter sua imagem vinculada a figura humana, ou, como na maioria das vezes, tinha características relacionadas a elementos da natureza.
Podemos citar aqui algumas dessas divindades como Shamash, que era considerado o deus do sol e da justiça. Anu, considerado senhor dos céus. Sin, considerado deusa da lua. E Ishtar, considerada deus da guerra e do amor.
Uma caracteristica importante da religião mesopotamica é que ela propria tinha característica dualista, onde era possivel encontrar sempre o bom e o ruim, o bem e o mal e buscando sempre tentar compreender essa relação, utilizavam de métodos não convencionais para uma religião como a adivinhação, a magia, e a astrologia.
A religião mesopotamica também permitia que em diversas cidades de seu domínio, acreditasse fielmente na vida após a morte e assim desenvolveram vários ritos funenários. Tinham o costume de enterrarem os mortos com alguns objetos pessoais dentro da tumba, e uma outra caracteristica interessante de ser citada é que atraves da própria tumba onde o falecido foi colocado poderia nos indicar a condição financeira dele e da família. Ou seja, se o defunto fosse rico, obviamente sua tumba seria mais requintada do que de um pobre mesopotamico.
A morte parecia ter uma grande importância nessa cultura, fato que nos levam a concluir isso é a observação de sua literatura, onde através de narrativas miticas escritas por eles podemos localizar a sua crença de que os mortos passavam para um mundo subterrâneo, mostrando a crença na morte como algo místico.
Misticismo que também é muito encontrado na literatura mesopotamica, onde no texto “O mito da criação” relatam a origem do mundo através de feitos de Marduk, que era uma das principais divindades mesopotamicas. Podemos citar também o texto “Epopeia de Gilgamesh” onde relatam algumas aventuras de um gigante que teria controlado uma cidade chamada Uruk.

             Economia e Sociedade Mesopotâmica

 

A Mesopotâmia vivia mais da agricultura do que qualquer outra atividade econômica. As cheias dos rios eram aproveitadas para a fertilização das terras, completando-se com a construção de canais de irrigação e diques, que garantiam uma produção regular de trigo e cevada.
Grande parte da população se dedicava ao plantio e à colheita. Quando da baixa das águas, o húmus fertilizante acumulava-se às margens do Tigre e do Eufrates, propiciando abundantes colheitas à população.
Dado o desenvolvimento da agricultura, a criação de gado era pequena. Porém, desde o Neolítico, quando a produção artesanal marcou um grande avanço, os objetos de uso doméstico começaram a se aperfeiçoar. O artesanato egípcio e o mesopotâmico com o desenvolvimento do tear e da cerâmica apresentaram um notável desenvolvimento e forneceram novos produtos para a sociedade. A construção de embarcações e a produção de tecidos desempenharam um importante papel nessas regiões.
O comércio da Mesopotâmia desenvolveu-se essencialmente em tomo de sua posição geográfica, como centralizadora das rotas provenientes do grande continente asiático e da África, e também graças às ligações entre o Alto e o Baixo Eufrates.
Nas sociedades hidráulicas da Mesopotâmia, o poder passou a se estruturar na medida em que houve disputa pela posse das melhores áreas cultiváveis e da água. Nesse processo, formou-se uma aristocracia guerreira que, valendo-se da violência, subjugou os demais, submetendo- os ao trabalho compulsório.
O homem da Mesopotâmia não era um indivíduo que se preocupava muito com o além-túmulo, como era o caso dos egípcios; preocupava-se mais com a vida presente, tendo por isso formado sociedades pouco éticas mas bastante organizadas juridicamente.
As grandes distâncias entre as camadas sociais eram marcadas de um lado pelo rei, apoiado por fortes contingentes militares, pelos sacerdotes e pelos ricos mercadores; de outro lado, vivendo de maneira miserável, os artesãos, jornaleiros e camponeses. A situação social era regulada pelo Código de Hamurabi, que acabou por prevalecer em toda a Mesopotâmia, graças aos contatos contínuos entre os povos ali estabelecidos.

                   A ARTE MESOPOTÂMICA

Entendemos por povos mesopotâmicos, as civilizações que se desenvolveram na área das terras férteis localizadas entre os rios Tigre e Eufrates, denominada comumente “Mesopotâmia”. Entre eles estão os sumérios, os assírios e os babilônicos. 
As principais manifestações da arquitetura mesopotâmica eram os palácios, em geral muito grandiosos; como havia pouca pedra, as paredes tinham que ser grossas, pois eram feitas de tijolos. Os templos possuíam instalações completas, com aposentos para os sacerdotes e outros compartimentos. Um traço característico dessa arquitetura era o “Zigurate”, torre de vários andares, em geral sete, sobre a qual havia uma capela, usada para observar o céu. 


Os escultores representavam o corpo humano de forma rígida, sem expressão de movimento e sem detalhes anatômicos. Pés, mãos e braços ficavam colados ao corpo, coberto com longos mantos; os olhos eram completados com esmalte brilhante. As estátuas conservavam sempre uma postura estática ante a grandiosidade dos deuses. As figuras esculpidas em baixo-relevo se caracterizavam por um grande realismo. 

Na pintura, os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses. A produção de objetos de cerâmica alcançou notável desenvolvimento entre os persas, que utilizavam também tijolos esmaltado

                                         Ciência Mesopotamia
Há cerca de 4 mil anos, os sacerdotes mesopotâmicos dedicavam-se a estudar os corpos celestes e seus movimentos. Eles acreditavam que os astros influenciavam a vida cotidiana dos homens e que eventualmente poderiam interferir na agricultura. Com isso, desenvolveram a astrologia e a astronomia, assim como aperfeiçoaram os conheciments da matemática. Nesse campo os mesopotâmicos desenvolveram a álgebra e dividiram o círculo em 360 graus. O calendário lunar, a semana de sete dias, a divisão do ano em doze meses e o do dia emdois períodos de doze horas-- todos esses aspectos fundamentais da nossa cultura surgiram na Mesopotâmia.

 

Civilização Persa

 

Por muito tempo os persas habitaram a atual região atual do Irã e compartilharam com os povos medos sua cultura e sua língua. A maioria deles veio da região da Ásia Central e da Rússia, com o objetivo de achar terra fértil para o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio.
Todavia, a partir do século VIII a.C., os medos começaram a cobrar altos impostos dos persas, já que contavam com uma forte estrutura política e um grande contingente de homens no exército.
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No ano de 558 a.C., Ciro, o Grande organizou um movimento de resistência contra os medos e decidiu dominar toda a Mesopotâmia. Apesar de sua ambição expansionista, Ciro respeitava a cultura dos seus inimigos e não impunha nenhuma restrição à língua ou costumes dos vencidos.
Ciro conquistou toda a região do Egito e da Grécia, dominando também os semitas e hititas que habitavam a região da Mesopotâmia central. O Império Persa, como ficou conhecido o domínio iniciado por Ciro, abrangia toda a Ásia Menor e parte do Oriente Médio.

Após a morte do imperador Ciro, Cambisés e Dário I continuaram expandindo o domínio persa e dividiram o território em 20 províncias, que eram denominadas de Satrapias. Com um rígido controle da população dominada, os imperadores nomearam funcionários chamados de “Olhos e Ouvidos do Rei”, com o objetivo de vigiar e punir os dissidentes.
Mesmo tendo amplo domínio do território mesopotâmico, os persas queriam conquistar a Grécia por completo. Dário I tentou uma investida contra os gregos, mas foi derrotado em Atenas. Paralelamente, inúmeras guerras civis foram surgindo nas províncias dominadas, contribuindo para o declínio de civilização persa.
Depois de Dário I, Xerxes I e seu filho Artaxerxes tentaram conquistar novamente a Grécia, mas foram impedidos. Em 332 a.C. Alexandre, o Grande, imperador da Macedônia que já havia tomado a Grécia, aproveitou o momento de fraqueza dos inimigos persas e empreendeu uma grande batalha para dominar todo o território outrora conquistado por eles, suscitando no fim da hegemonia persa no Oriente Médio.
Os persas acreditavam em vários deuses, mas com o tempo o Zoroastrismo prevaleceria. O zoroastrismo era uma religião dualista, pois via a representação do bem em Ormuz e a representação do mal em Arimã. Para eles, quando os dois deuses se enfrentarem haverá um Juízo Final, onde todos os homens serão julgados por seus atos.

Civilização Hebraica

A Palestina é um territorio estratégicamente localizado pois fica entre a passagem da África para a Ásia. Por ter um grande volume de pessoas passando por ali, seria inevitável o desenrolar do comércio na região, que teve início com a civilização Hebraica.
Os Hebreus, se organizaram em um primeiro momento no que foi chamado de  “Período dos Patriarcas”, onde eles se organizavam em vários clãs patriarcais. Essa civilização vivia basicamente da criação de gado na região, além de serem responsáveis pela criação e do desenvolvimento do comércio na região.
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Como toda civilização da antiguidade, a religião era um fator muito importante e ditava as bases da sociedade. Tinham como caracteristica também moralizar a população. A partir disso, obedeciam padrões morais muito rígidos e que estavam diretamente ligados a religião, como evitar o sexo quando jovens e condenavam o homossexualismo; a virgindade também tinha um papel muito importante, valorizavam o casamento monogâmico e o homem só poderia desfrutar do corpo de uma outra mulher se por algum acaso a sua esposa não tivesse a condição de gerar filhos.
Sua religião, agora diferente de outros povos antigos, é de cunho monoteísta (um só Deus) e focada na adoração do Deus Iaweh, que inclusive designava a liderança governamental dessa civilização que estava destinada a homens de boa virtude.
Esses homens tinham um papel muito importante na sociedade, eram eles os líderes das tribos e possuíam um papel de administração geral da mesma. Já as mulheres tinham como principal função serem educadas especialmente para o casamento, e depois de casadas viviam basicamente para educar seus filhos, que geralmente eram muitos, pois esse povo tinha como característica terem famílias muito grandes.
Um outro papel muito interessante na sociedade Hebraica é a escravidão, que para eles era algo completamente comum.
Na antiguidade era mais comum a escravidão de povos dominados, conhecidos como “presioneiros de guerra”, e não a escravidão de alguém da sua própria civilização. Os escravos de guerra eram sim a grande maioria, mas também existiam escravos hebreus, como punição para alguns tipos de crimes. Os escravos também possuiam alguns direitos como o de casar, de se converter a fé judaica, e até mesmo o direito de estabelecer algum tipo de propriedade.
Direitos destinados a uma “classe social” (escravos) que também eram dificeis de ser encontrados em outras civilizações na antiguidade.

                        Civilização Cretense

 

Introdução

Também conhecida como civilização minoica, foi aquela que se desenvolveu entre os anos de 3.000 a.C. e 1.400 a.C. na ilha de Creta.

Características principais da civilização cretense:

- Economia baseada, principalmente, no comércio marítimo. Havia também a prática da agricultura, principalmente o cultivo de uvas, azeitonas e trigo.

- Período relativamente pacífico (poucas guerras ou conflitos relatados sociais).

- Período marcado pela construção de importantes palácios reais. Podemos citar como exemplos: Palácio de Cnossos, Palácio de Festos e Palácio de Mália.

- Possuíam uma religião politeísta (vários deuses e deusas). As principais divindades eram figuras femininas ligadas, principalmente, à fertilidade. Portanto, podemos dizer que era uma religião matriarcal. Desta forma, a religião minoica se baseava no culto da Grande Mãe, representante da fertilidade e da terra.

- Com relação à política, o poder se concentrava nas mãos do rei. Este também era uma importante figura de poder jurídico e religioso.

- No tocante as artes plásticas, podemos destacar a importância e beleza da arte cerâmica minoica. Também foram importantes os afrescos dos palácios reais (retratavam cenas cotidianas), além da confecção de joias com ouro e pedras preciosas.  

Você sabia?

- O termo “minoico” foi dado pelo arqueólogo inglês Arthur Evans, uma referência a Minos (rei mítico da ilha de Creta).

- A civlização cretense se desenvolveu com grande e importante contato com a Grécia Antiga. Muitos historiadores consideram que ela faz parte da civilização grega antiga.

- O touro era uma espécie de animal sagrado para os cretenses. Era muito comum a realização de danças e atividades corporais com a presença de touros.

- Muitos palácios cretenses foram destruídos no século XVII a.C., após um terremoto provocado pela erupção do vulcão de Santorini.


                            Civilização Fenícia

A Civilização Fenícia destacou-se pelo desenvolvimento da navegação e pela criação de um sistema de escrita, o alfabeto.

Civilização Fenícia desenvolveu-se na região litorânea noroeste do Oriente Médio, onde hoje se localiza o litoral da Síria e do Líbano. O início da ocupação da região ocorreu por volta do ano 3000 a.C., mas o apogeu das cidades fenícias efetuou-se entre 1200 a.C. e 900 a.C. Os fenícios tiveram como principais legados a criação do alfabeto e a navegação.
Inicialmente trabalhando na agricultura, os fenícios destacaram-se economicamente com a atividade comercial desenvolvida principalmente no Mar Mediterrâneo. A falta de terras férteis em abundância, contrariamente ao que ocorria na Mesopotâmia e Egito, levou-os a se dedicarem à troca de produtos com diversos povos da Antiguidade.
As extensas florestas de cedro na região serviram como fonte de matéria-prima para a construção de navios, o que fez os fenícios se tornarem especialistas na construção naval. O comércio marítimo possibilitou ainda a colonização de vários locais no mar Mediterrâneo.
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Destaca-se a construção de cidades como Palermo, na Sicília, além de Cádiz e Málaga, na Espanha. Mas a que obteve maior destaque foi Cartago, no Norte da África. Esse povo formou ainda diversos entrepostos comerciais no Mediterrâneo para facilitar a atividade comercial.
As navegações fenícias estenderam-se para além do estreito de Gibraltar, chegando à Inglaterra e ao mar do Norte, como também ao contorno da costa atlântica da África, em sentido sul, conseguindo, assim, acesso ao oceano Índico e ao Mar Vermelho.
O crescimento econômico proporcionou aos comerciantes também um poder político. Ao lado dos sacerdotes, eles administravam as cidades fenícias. Essa talassocracia (a elite mercantil) organizava-se através de monarquias ou repúblicas, e, no caso das últimas, eram administradas por um corpo de anciões ilustres, denominados sulfetas.
As cidades que conheceram maior destaque foram Biblos, Ugarit, Sidon e Tiro. As duas primeiras predominaram até o século XIII a.C., sendo dominadas por egípcios, hititas e os povos do Mar Egeu. A terceira predominou após o declínio das primeiras, sendo contida pelo expansionismo assírio. Tiro teve seu apogeu entre os séculos X e IX a.C., sendo dominada posteriormente por babilônios, persas, gregos e romanos.
A organização da civilização fenícia em cidades autônomas e independentes foi uma característica que a distinguiu dos demais povos da região, que formaram grandes impérios.
A elite dessas cidades era formada pelos ricos comerciantes, sacerdotes e construtores de navios, os armadores. Mas os fenícios também desenvolveram uma importante atividade artesanal. Além dos navios, eram produtores de joias e tecidos, principalmente os tingidos de púrpura, uma tintura extraída de um molusco, o múrice. Os tecidos tingidos de púrpura foram admirados e utilizados pelas elites de todos os grandes impérios da Antiguidade.

Os fenícios eram também excelentes arquitetos e construtores, sendo responsáveis pela construção do templo de Jerusalém, durante o reinado de Salomão.
No aspecto religioso, caracterizaram-se pelo politeísmo e pelo animismo (crença no poder sagrado dos elementos e manifestações da natureza). Cada cidade tinha um deus principal, geralmente conhecido como Baal, que representava o Sol, e a deusa Astarteia, símbolo da fecundidade. Havia ainda outros deuses específicos de cada cidade.
A astronomia e a matemática foram áreas nas quais os fenícios também produziram importantes conhecimentos, principalmente em decorrência das necessidades da navegação.
Porém, o maior legado fenício foi, sem dúvida, a criação de um sistema de escrita, formado por 22 letras, que ficou conhecido como alfabeto. Os fenícios não foram os criadores da escrita, já que antes deles houve os sumérios, com a escrita cuneiforme, e os egípcios, com os hieróglifos. A especificidade da escrita fenícia foi a simplificação dos caracteres. Possivelmente o motivo para adotar o alfabeto estava ligado à organização das atividades comerciais. O alfabeto fenício foi adotado pelos gregos e pelos romanos, que o aprimoraram, tornando-se ainda a matriz da nossa escrita atual.

EQUIPE: PAULO SAMYR, DOUGLAS COLARES, VICTOR HUGO, LUIS RODRIGO,JOÃO VICTOR MIRANDA.

 


 



CRESCENTE FÉRTIL E ANTIGO EGITO

        As civilizações do crescente fértil

Significado

O Crescente Fértil é uma região localizada entre o Oriente Médio (vales dos rios Tigre e Eufrates) e nordeste da África (vale do rio Nilo). Ganhou este nome, pois olhando no mapa, a região tem um formato de lua na fase quarto crescente. Já o termo fértil é devido a fertilidade do solo nos vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates.

Berço das primeiras civilizações

Foi na região do crescente fértil que se desenvolveram duas das mais importantes  e antigas civilizações da antiguidade. A civilização egípcia se desenvolveu no vale do rio Nilo, enquanto a mesopotâmica no vale entre os rios Tigre e Eufrates.

Os rios do Crescente Fértil foram de fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento dessas civilizações. Além da agricultura, que era praticada às margens destes rios, estes também serviam como vias de transporte de mercadorias, fonte de alimentos (peixes) e fornecimento de água para o consumo humano e animal.

Principais características do Crescente Fértil

- Solo fértil, ou seja, excelente para a prática agrícola. Os vales ficavam mais férteis quando os rios transbordavam, pois este processo depositava no solo materiais orgânicos (principalmente peixes mortos).

- Presença de sistemas de irrigação voltados para a agricultura.

- A extensão territorial é de, aproximadamente, 450 km².

Curiosidades:

- Em função da exploração descontrolada desde a Antiguidade, muitas regiões do Crescente Fértil não são tão férteis como no passado.

- Atualmente, a região do Crescente Fértil é ocupada pelos territórios dos seguintes países: Egito, Líbano, Jordânia, Israel, Síria, Turquia, Irã e Iraque.

- Muitos historiadores acreditam que foi nesta região que começou a revolução neolítica.

- Nos dias de hoje a região continua sendo muito povoada. Moram nesta área cerca de 50 milhões de habitantes. 


                    Egito Antigo

Introdução 

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3.200 a.C. (unificação do norte e sul) a 32 a.C. (domínio romano).

A importância do rio Nilo

Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.

Sociedade Egípcia 

A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.  

Escrita no Egito Antigo 

A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de ideias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.  

Os hieróglifos egípcios foram decifrados na primeira metade do século XIX pelo linguista e egiptólogo francês Champollion, através da Pedra de Roseta.



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Hieróglifos: a escrita egípcia







Economia 

A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).  

Religião no Egito Antigo: a vida após a morte 

A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida.  Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.

Mumificação 

Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam: chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).

Civilização 

A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

Arquitetura egípcia 

No campo da arquitetura podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Muitas destas construções foram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides, a esfinge de Gizé e o templo de Ramsés II (em Abu Simbel) são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.

Aconteceu na História do Egito:

- Por volta de 3100 a.C., o faraó Menés I funda a Primeira Dinastia egípcia ao unificar as diversas culturas do Nilo (Alto e Baixo Egito).

- Por volta de 2500 a.C., os egípcios começam a usar os papiros para produzir registros de diversas naturezas.

- Por volta de 1580 a.C., começa a ser escrito o Livro dos Mortos (escritos religiosos e místicos) em papiros. Eram colocados junto às múmias nos sarcófagos, que ficavam dentro das pirâmides.

- Por volta de 1260 a.C. foram construídos dois grandes e imponente templos, localizados em Abu Simbel (sul do Egito). Um em homenagem ao faraó Ramsés II e o outro a sua esposa Nefertari. O Templo de Ramsés é, atualmente, um importante complexo arqueológico e Patrimônio Mundial da UNESCO.

- No século XIV, o faraó Aquenáton (Amenófis IV) e sua esposa Nefertiti abandonam o politeísmo e implantam o monoteísmo, através da adoração de um único deus: Aton. Porém, o politeísmo voltou após a morte deste faraó.

Periodização:

- Antigo Império: de 3.200 a.C. até 2.100 a.C.

- Médio Império: de 2.100 a.C. até 1.580 a.C.

- Novo Império: de 1.580 a.C. até 715 a.C.

Você sabia?

- O ramo da História que estuda o Egito Antigo é conhecido como Egiptologia

Período pré-dinástico do Egito
Período Pré-Dinástico no Egito é referente a época em que o Egito era dividido entre Baixo Egito e Alto Egito. Foi o período onde o homem se estabeleceu na região e desenvolveu suas técnicas agrícolas que permitiriam mais tarde a formação da primeira dinastia e de um grande império.
Entre 13.000 e 10.000 a. C., a região que hoje representa os desertos do Saara e Árabe, passavam por um processo de aumento das temperaturas, ocasionando chuvas intensas. O vale do Rio Nilo tornou-se então pantanoso e atraiu animais e pessoas que formavam grandes grupos de nômades para se aproveitarem das riquezas do solo na região.
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Somente no VI milênio antes de Cristo que começaram a surgir as primeiras aldeias e consequentemente o processo de sedentarização. Junto com o sedentarismo veio a prática da agricultura, a evolução humana na capacidade de se estabelecer na terra e produzir para seu próprio sustento fez com que se promovessem como unidades administrativas independentes, as quais eram chamadas de nomos. Cada nomo tinha seu monarca, acumulando os cargos de juiz, líder militar e rei.
Já entre 4.000 e 3.500 a.C. o povo egípcio intensificou seu desenvolvimento em torno de um local chamado El-Badari, na fronteira do Egito Oriente e Alto Egito. Nessa região aprimorou-se uma cultura chamada de badariense. Este momento ainda denota o que é conhecido como Período Pré-Dinástico Antigo.
No momento conhecido como Período Pré-Dinástico Médio havia duas culturas, a badariense e a merimdense. A época já era de aprimoramento das relações político-sociais e do sedentarismo.
A cultura merimdense surgiu na margem ocidental do delta do Nilo e era caracterizado por um povo que vivia em pequenas cabanas à base de vegetais e não tinham como costume o uso de cemitérios. Já a badariense que surgiu no Alto Egito ficou reconhecida como a mais importante cultura da época na região, pois tinha economia sustentada pela agricultura e pecuária e seus mortos eram enterrados com jóias, colares, alimentos e produtos domésticos. Carregando as marcas tradicionais que se desenvolveriam mais tarde no império egípcio.
Na disputa pelas terras mais férteis, as guerras começaram entre os nomos. Os conflitos resultaram na divisão da cultura badariense em duas regiões. No Alto Egito se formou a cultura Naqada I, ocupando o vale do Nilo, e no Baixo Egito se formou a Maadi, ocupando o delta do Nilo. A capital do Alto Egito era Nekhen e a capital do Baixo Egito era Buto.
Os combates entre as duas regiões permaneceram por longo tempo com o objetivo de dominar as terras mais férteis em volta do rio Nilo. Por volta do ano 3.200 a. C., o rei do Alto Egito, Narmer, mobilizou seu exército e preparou um ataque no qual conseguiu conquistar o Baixo Egito. A vitória garantiu a unificação dos dois reinos e o rei deu início ao grande império do Egito e sua primeira dinastia.
              O período dinástico                             Período que se inicia com a conclusão do processo de unificação do Egito , quando foi organizada uma monarquia poderosa e centralizada. O soberano , considerado uma divindade , governava de forma absoluta,auxiliado por altos funcionários de burocracia estatal.Entre 2700 e 2600 a.C , foram construídas as célebres pirâmides de Gizé , atribuídas aos faraós Quéops , Quéfren e Miquerinos .Por volta de 2400 e 2000 a.C , a autoridade do faraó acabou enfraquecida pela ação de uma rebelião liderada pelos nomarcas , apoiados pela aristocracia , lançando o país numa grave crise decorrente da fragmentação política .
                  O antigo império
Após o rei do Alto Egito unificar os reinos do Baixo Egito e do Alto Egito, formou-se a primeira dinastia do grandioso império que aparecia para o mundo. As duas dinastias iniciais marcaram a época Tinita do Egito, só a partir da terceira dinastia é que se identifica o início do período conhecido como Antigo Império.
No período pré-dinástico do Egito, as comunidades eram divididas nos reinos do Baixo Egito e do Alto Egito. O monarca deste último reino, chamado Narmer, promoveria por volta do ano 3.100 a.C. a unificação dos dois reinos, dando início ao Império Egípcio.
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No período dinástico, a economia, o crescimento territorial e o caráter militar tomaram forma. A primeira fase desse período corresponde às duas primeiras dinastias do Império Egípcio, somente com a terceira dinastia é dada a caracterização de Antigo Império, uma vez que várias mudanças foram sentidas na realidade do Egito.
O Antigo Império tinha como limites o Mar Mediterrâneo ao norte, o deserto da Líbia a oeste, o deserto da Arábia a leste e a primeira catarata do rio Nilo ao sul. Sua história é marcada por faraós que conquistaram grandes poderes religiosos, militares e administrativos. Também coincide com a época das grandes pirâmides, sendo que o rei Djezer foi o primeiro a ordenar a construção de uma através de seu arquiteto Imhotep, em Sakara.
A sociedade do Antigo Império era formada por funcionários que auxiliavam o faraó e encarregados da agricultura, das construções e dos tributos estavam os trabalhadores que representavam uma enorme parcela da sociedade egípcia.  O Antigo Império teve duas capitais, primeiro a cidade de Tinis e depois Mênfis.
A terceira, a quarta, a quinta e a sexta dinastia constituíram o período do Antigo Império no Egito. Durante a terceira dinastia a capital do Império era a cidade de Mênfis, o local se tornou o principal centro econômico e cultural. Na quarta dinastia ocorreu o domínio do Egito sobre a região da Baixa Núbia quando o primeiro rei, Seneferu, liderou campanhas militares contra Núbios, Líbios e Beduínos. A quinta dinastia fez com que os reis passassem a se considerar filhos do deus Rá, em decorrência da afirmação do clero de Heliópolis. Foi nessa dinastia que se deu a construção das principais pirâmides do Egito, o faraó Snefer construiu três pirâmides para abrigar a múmia do rei, dando prosseguimento na família, seu filho Keops, o neto Quefrem e o bisneto Mikerinos construíram as grandiosas pirâmides de Gizé. Tudo faz crer que a família da quinta dinastia do Antigo Império tenha sido a mais poderosa de toda a história do Egito.
Ao contrário do que se imaginou durante muito tempo, não eram os escravos os responsáveis pela construção de tais pirâmides, elas ficavam a cargo dos trabalhadores desocupados do reino. Segundo a crença da época, o faraó era o intermediário entre o deus  e os homens na terra, por isso empregar seus esforços na construção de pirâmides para o soberano fazia parte da devoção divina e garantia uma boa posição dos homens perante a visão dos deuses.
A última dinastia do Antigo Império foi a sexta, formada por sete soberanos. Revoltas lideradas pelos administradores das províncias começaram a surgir na fase final dessa dinastia, especialmente durante o reinado de Pepi II que viveu 94 anos. O intuito das revoltas era enfraquecer o poder do faraó, que realmente se verificou com a diminuição do poder real. O Egito viveu períodos de turbulência e guerra civil nessa fase, o faraó teve os poderes reduzidos e os nomarcas, como eram chamados os administradores das províncias (nomos), ficaram poderosos e independentes do poder central. O fim definitivo do Antigo Império ocorreu quando o Egito já era dominado pelo Império Romano, fato que ocorreu com a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio.

                 Médio Império no Egito Antigo

 

Introdução (o que foi)

O Médio Império foi um período da história do Egito Antigo entre 2.100 a.C. até 1.500 a.C. No geral, foi um período de muita prosperidade e conquistas para os egípcios.

Principais características do Médio Império Egípcio:

- Fortalecimento do poder dos reis egípcios (faraós).

- A capital do império foi transferida para a cidade de Tebas (região central às margens do rio Nilo).

- Período marcado por muitas conquistas militares e territoriais.

- Problemas internos provocaram o enfraquecimento imperial por volta de 1760 a.C. Os hicsos (povo nômade asiático) aproveitaram a situação e invadiram o Egito em 1750 a.C. O Egito permaneceu por cerca de 165 anos sob o domínio hicso.

- Período de grande contato comercial com a ilha de Creta e a cidade de Bíblos.

- No campo artístico destaca-se a representação humanizada da realeza egípcia, principalmente da figura do faraó.

- Na área religiosa, destaca-se a importância dada para a adoração do deus principal de Tebas, Amon.

Principais faraós do Médio Império:

- Amenemhat I (1991 a.C a 1972 a.C.)
- Senusret I (1971 a.C. a 1926 a.C.)
- Amenemés II (1926 a.C a 1895 a.C.)
- Amenemés III (1860 a.C. a 1814 a.C.)
- Amenemés VI (1788 a.C. a 1785 a.C.)
- Antef V (1625 a.C. a 1622 a.C.)


                    O novo império
O estabelecimento do Novo Império teve início com o processo de união da população egípcia contra a dominação exercida pelos hicsos em seus territórios. Com o apoio de Amósis I, uma grande revolta contra a presença estrangeira conseguiu finalmente desencadear as lutas que deram fim à hegemonia dos hicsos. A grande mobilização gerada por esse episódio fortaleceu o exército egípcio e propagou ações militaristas que ampliaram as fronteiras do império.

Segundo apontado por recentes pesquisas, foi nessa mesma época que os hebreus haviam se instalado no Egito, aproximadamente no século XIII a.C.. Com relação a este fato, devemos assinalar que, após a saída dos hicsos, o governo egípcio converteu a população hebraica à condição de escravos. Mediante tal mudança, os hebreus deram início ao seu processo de retirada do território egípcio, feito que contou com a liderança político-religiosa de Moisés.
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Entre as mais importantes conquistas territoriais realizadas nessa época, destacamos o controle sobre as regiões da Mesopotâmia e das proximidades do Sudão. O controle sobre uma ampla porção de terras também fomentou a formação de atividades comerciais mais intensas, que incluía a importação de madeira da Fenícia, de metais preciosos vindos da Núbia e da resina proveniente da Grécia e outras regiões do mundo Oriental. De fato, esse foi um período de expressiva prosperidade econômica.

O visível fortalecimento do poder monárquico abriu portas para a constituição de uma reforma religiosa que foi imposta pelo faraó Amenófis IV. Buscando limitar a influência exercida pelos sacerdotes, este governante aboliu o culto politeísta no Egito e passou a reconhecer somente o culto ao deus Aton. Com tal mudança, pôde fechar vários templos dedicados a outras divindades e confiscar os bens administrados por grande parte da classe sacerdotal.

A mudança provocada por Amenófis IV não perdurou no interior da sociedade egípcia. Tutancâmon, filho de Amenófis, assim que chegou ao poder tratou de restabelecer as antigas tradições religiosas politeístas com a recuperação dos templos que haviam sido abandonados. Chegado o governo de Ramsés II (1292 – 1225 a.C.), os egípcios tiveram que enfrentar a cobiça de outros povos estrangeiros. Nesse período, as forças militares do Egito se encarregaram de expulsar os hititas do Vale do Rio Nilo.

No final do Novo Império, as disputas políticas entre os faraós e os sacerdotes foram responsáveis pelo enfraquecimento político da nação. Por volta de 1100 a.C., o império egípcio foi novamente dividido em Alto e Baixo Egito. A dissolução acabou permitindo que os assírios avançassem sob o território. Em 662 a.C., o rei Assurbanipal conseguiu subjugar o politicamente combalido governo egípcio. Daí em diante, outras civilizações dominaram o Egito.
         Organização social do Egito antigo
 PIRÂMIDE SOCIAL
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Faraó
Logo acima da pirâmide social encontrava-se o faraó, que era o governante do Egito. Possuía poderes totais sobre a sociedade egípcia, além de ser reconhecido como um deus. O poder dos faraós era transmitido hereditariamente, portanto não havia nenhum processo de escolha ou votação para colocá-lo no poder. O faraó e sua família eram muito ricos, pois ficavam com boa parte dos impostos recolhidos entre o povo. A família real vivia de forma luxuosa em grandes palácios. Ainda em vida, ordenava a construção da pirâmide que iria abrigar seu corpo mumificado e seus tesouros após a morte.
Sacerdotes
Na pirâmide social, estavam abaixo somente do faraó. Eram responsáveis pelos rituais, festas e atividades religiosas no Antigo Egito. Conheciam muito bem as características e funções dos deuses egípcios. Comandavam os templos e os rituais após a morte do faraó. Alguns sacerdotes foram mumificados e seus corpos colocados em pirâmides, após a morte.
Escribas
Seguindo a pirâmide social percebemos que os escribas estavam abaixo dos sacerdotes. Eles eram os responsáveis pela escrita egípcia. Registravam os acontecimentos e, principalmente, a vida do faraó. Escreviam no papiro (papel feito de fibras da planta papiro), nas paredes das pirâmides ou em placas de barro ou pedra. Os escribas também controlavam e registravam os impostos cobrados pelo faraó.
Guerreiros
Eram os responsáveis pela segurança do território egípcio. Em momentos de guerra ganhavam destaque na sociedade. Tinham que preparar e organizar o exército de forma eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a própria vida. 
Artesões
Estes dependiam a prosperidade do Antigo Egito e, apesar disto, recebiam míseros pagamentos em forma de produtos. Moravam em cabanas, vestiam-se pobremente e comiam pouco. O que poupavam, guardavam para o funeral a fim de garantir melhor vida após a morte. Eram responsáveis pela desenvolvimento da técnica.
Camponeses
Realizavam os trabalhos agrícolas nas terras que pertenciam ao Estado , recebendo em troca um mísero pagamento que vinha em forma de outros produtos. Moravam em cabanas, comiam muito pouco. Foram os principais responsáveis pelo desenvolvimento da economia egípcia.

Escravos
Eram, em geral, bem tratados. Naquela época, os egípcios ofereciam certa segurança a seus escravos, o que não era comum entre os povos primitivos. Geralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista. Trabalhavam muito e não recebiam salário. Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência. Eram constantemente castigados como forma de punição. Eram desprezados pela sociedade e não possuiam direitos.

EQUIPE: PAULO,DOUGLAS,VICTOR H,JOÃO V,LUIS R.